O Governo da Bahia suspendeu as licenças ambientais da empresa paulista Rocha Bahia Mineração LTDA, responsável pela extração de quartzito na zona rural de Paramirim, no sudoeste do estado. A medida foi tomada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e causou forte impacto na região, onde a mineradora é considerada uma das principais empregadoras privadas.
A empresa operava na Fazenda Muquém, em uma área de mais de 21 hectares, com autorização para extrair até 149 mil toneladas de quartzito por ano. A suspensão envolve duas licenças: a de operação renovada em 2022 e a de alteração concedida em 2024, que permitia o aumento da produção.
Segundo nota divulgada pela Rocha Bahia, a decisão do Inema seria baseada em um erro cadastral antigo no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR), cometido por um antigo proprietário da área. A empresa afirma que o problema já foi corrigido e classificou a suspensão como “arbitrária e desproporcional”.
Repercussão e impacto local
A suspensão das atividades gerou preocupação entre os trabalhadores e comerciantes de Paramirim, que temem demissões e queda na arrecadação. A empresa é uma das maiores contribuintes de impostos no setor de rochas ornamentais da Bahia e tem papel relevante na economia local.
O quartzito extraído na região é altamente valorizado no mercado nacional e internacional, sendo utilizado em revestimentos de alto padrão na construção civil. A expectativa agora é que a situação seja revista e que a empresa consiga retomar suas operações, evitando prejuízos maiores à comunidade.
A população aguarda novos posicionamentos do Governo do Estado e da empresa nos próximos dias.
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