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Mês: agosto 2025
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Motociclista morre após acidente na rodovia de Érico Cardoso
Na noite do sábado, 3 de agosto de 2025, um acidente fatal foi registrado na rodovia que dá acesso ao município de Érico Cardoso, na região do Vale do Paramirim. A vítima, identificada como Renei Silva Almeida, conduzia uma motocicleta Honda Bros 150, de cor preta, quando, segundo informações apuradas no local, há suspeita de que o condutor tenha colidido com um cavalo solto na pista, nas proximidades da entrada da Cachoeira Grande.
O impacto teria sido violento e resultou na morte do motociclista ainda no local. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegaram a prestar atendimento, mas a vítima já não apresentava sinais vitais. O corpo foi levado ao hospital de Paramirim para os procedimentos legais.
A motocicleta foi recolhida ao Destacamento da Polícia Militar em Érico Cardoso e deverá ser apresentada à Delegacia Territorial em momento oportuno. O caso levanta novamente o alerta sobre os riscos representados por animais soltos em rodovias da região.
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Herdeiro das Casas Bahia pede adiantamento de herança bilionária na Justiça
O empresário Saul Klein entrou com ação judicial para obter antecipação de parte da fortuna deixada por seu pai, o fundador das Casas Bahia, Samuel Klein. Enfrentando grave hemorragia abdominal e alegando forte desgaste emocional, Saul solicita urgência no repasse dos valores. Ele afirma que precisa custear tratamentos médicos e quitar dívidas acumuladas.
A disputa pelo espólio, avaliado originalmente em R$ 8 bilhões, envolve os herdeiros diretos Michael, Eva e o próprio Saul. A defesa de Saul contesta decisões recentes na partilha e denuncia supostas irregularidades que favoreceriam Michael, como doações a empresas offshore e alterações societárias suspeitas. A Justiça exige documentos e investiga possíveis fraudes e falsificações.
Enquanto isso, os conflitos se intensificam, e o caso se arrasta desde 2014. Mesmo com tentativas de conciliação, acusações e contrapontos travam o andamento do inventário. A defesa de Michael alega que Saul já se beneficiou da venda de sua participação em 2009.
Nesse cenário, diversas alegações surgem, investigações se aprofundam e emoções se acirram. Ao longo dos últimos anos, estratégias mudam, advogados se movimentam e o patrimônio familiar vira palco de uma batalha judicial que ultrapassa limites financeiros e afetivos.
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Livramento: Sapo ataca moradora na zona rural com veneno no olho
Uma moradora da comunidade do Nado, na zona rural de Livramento de Nossa Senhora, sofreu um acidente inusitado ao tentar remover um sapo de seu jardim usando uma enxada. O animal, em reação defensiva, expeliu uma substância tóxica — conhecida popularmente como “leite de sapo” — que atingiu diretamente um dos olhos da mulher, provocando forte queimação e visão turva.
O líquido é liberado por glândulas localizadas nas laterais do corpo do sapo e, embora não seja letal, pode causar irritações sérias em humanos. A vítima foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h de Livramento de Nossa Senhora, onde recebeu os primeiros cuidados médicos. Durante o atendimento, ela apresentou queda de pressão e mal-estar, sendo encaminhada para avaliação oftalmológica especializada para verificar possíveis danos internos no olho afetado.
Segundo a 88 FM, o estado de saúde da mulher é estável, mas o episódio serviu como alerta à população rural sobre os perigos de lidar diretamente com animais silvestres.
Especialistas recomendam manter distância e evitar o contato físico com sapos, que são importantes para o equilíbrio ecológico e atuam no controle de pragas. Ao encontrar um animal silvestre em casa ou no quintal, o ideal é utilizar métodos seguros ou buscar ajuda especializada para sua remoção.
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Folha de S.Paulo sai em defesa da liberdade de expressão de Jair Bolsonaro
Em um movimento que surpreendeu parte da opinião pública, o jornal Folha de S.Paulo publicou editorial no qual defende o direito do ex-presidente Jair Bolsonaro à liberdade de expressão, mesmo diante de acusações graves que o ligam a tentativas de minar a democracia brasileira. Tradicionalmente crítico ao ex-presidente, o veículo reconheceu, nesta ocasião, a importância de garantir as prerrogativas constitucionais fundamentais a todo cidadão, mesmo àqueles com histórico de confronto com a imprensa e instituições democráticas.
O editorial foi publicado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou prisão domiciliar a Bolsonaro sob a alegação de que ele teria se comunicado com apoiadores em atos considerados antidemocráticos. Para a Folha, a medida é juridicamente questionável e representa uma ameaça ao princípio basilar da democracia — a livre manifestação de pensamento.
🔎 Reconhecimento com ressalvas
Apesar de reafirmar os ataques de Bolsonaro à imprensa, ao Judiciário e à própria democracia durante seus anos no poder, o jornal sustenta que a repressão judicial a falas públicas deve ser tratada com extrema cautela. Segundo o texto, “democratas não se transformam em tiranos para combater a tirania” — uma frase que marcou o tom do editorial e causou repercussão nas redes sociais e nos bastidores políticos.
A Folha relembrou ainda que a liberdade de expressão é um direito garantido pela Constituição mesmo a quem cumpre pena, e criticou o uso de despachos secretos e ordens de censura sem direito à defesa, reforçando a necessidade de transparência e legalidade nos processos judiciais.
🔄 Mudança de postura?
Embora não represente necessariamente uma mudança na linha editorial do jornal, que segue fazendo oposição contundente ao bolsonarismo, a defesa da liberdade de expressão do ex-presidente foi vista por especialistas como um gesto de coerência institucional. O veículo demonstrou que os princípios democráticos devem prevalecer mesmo diante de figuras controversas.
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Agronegócio brasileiro teme sanções de Trump por fertilizantes russos e envia alerta ao Itamaraty
O setor do agronegócio no Brasil está em alerta diante da possibilidade de sanções por parte do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em virtude da continuidade da importação de fertilizantes provenientes da Rússia. O receio se intensificou após declarações de Trump em campanha, sinalizando uma retomada de medidas econômicas rígidas contra países que mantenham relações comerciais com Moscou.
A Rússia é um dos principais fornecedores de fertilizantes ao Brasil, especialmente potássio, essencial para a produção de grãos como soja, milho e trigo. Qualquer restrição a essa parceria comercial pode afetar diretamente a produtividade do campo brasileiro, com consequências para a segurança alimentar global e a balança comercial nacional.
Posicionamento do setor
Representantes de entidades agrícolas enviaram uma comunicação formal ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), solicitando que o governo federal tome medidas diplomáticas preventivas. O objetivo é garantir a continuidade das negociações comerciais e proteger os interesses dos produtores rurais brasileiros diante da possível mudança na política externa americana.
Cenário internacional
O tema ganha ainda mais relevância no contexto geopolítico atual, em que diversas nações adotam posturas divergentes sobre sua relação com a Rússia. Países da União Europeia, por exemplo, enfrentam pressões semelhantes, enquanto outros mantêm seus acordos comerciais independentemente das tensões internacionais.
O Itamaraty deve avaliar cuidadosamente o equilíbrio entre os compromissos internacionais e os interesses econômicos internos. Fontes próximas ao Ministério indicam que serão intensificados diálogos com autoridades norte-americanas e organismos multilaterais, a fim de mitigar riscos e preservar a estabilidade do setor agropecuário.
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Bahia abre concursos públicos com salários de até R$ 10,5 mil: veja as oportunidades
O mês de agosto começou com excelentes notícias para quem busca estabilidade profissional. Diversos concursos públicos estão abertos na Bahia, oferecendo salários que chegam a R$ 10.500. As vagas contemplam diferentes áreas e níveis de escolaridade, incluindo ensino médio, técnico e superior.
Principais concursos abertos
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)
A CPRM lançou edital com 115 vagas imediatas e formação de cadastro reserva. Os cargos são para analistas, técnicos e pesquisadores em geociências. Os salários podem chegar a R$ 10.577,48 para jornadas de 40 horas semanais. As oportunidades estão distribuídas em diversas cidades, incluindo Salvador.
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
A UFBA abriu 52 vagas para professor substituto nos campi de Salvador, Camaçari e Vitória da Conquista. Os salários variam de R$ 3.090,43 a R$ 8.058,29, podendo ultrapassar R$ 13 mil para candidatos com doutorado.
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA)
A Secult-BA lançou quatro editais com 180 vagas em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). Os salários chegam a R$ 3.373,21, além de benefícios. As vagas são para cargos administrativos e artísticos, com contratos de até 36 meses.
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)
A Funai oferece 12 vagas em Porto Seguro para especialistas e agentes temporários em proteção territorial. Os salários podem alcançar R$ 6.700.
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
O ICMBio abriu vagas para agentes ambientais em Caravelas, com salários de até R$ 2.500. Os cargos exigem apenas ensino fundamental incompleto.
Dicas para os candidatos
- Leia atentamente os editais e requisitos de cada vaga
- Organize um cronograma de estudos com foco nas disciplinas exigidas
- Utilize provas anteriores como base para simulações
- Fique atento às datas de inscrição e envio de documentos
Os concursos públicos na Bahia em agosto de 2025 oferecem uma excelente oportunidade para quem busca estabilidade, bons salários e crescimento profissional. Com vagas em instituições federais e estaduais, há opções para diferentes perfis e formações. Prepare-se com antecedência e aproveite essa chance de transformar sua carreira.
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Prisão de Bolsonaro abala clima interno no STF e pode ser revista por Moraes
A decisão do ministro Alexandre de Moraes de decretar prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) provocou desconforto entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), gerando um clima de isolamento em torno do magistrado e reacendendo debates sobre os limites da atuação judicial em momentos de tensão política.
Segundo apuração da jornalista Mônica Bergamo, publicada na Folha de S.Paulo, ministros da Corte — inclusive alguns que integram a Primeira Turma, responsável pelo julgamento — consideram a medida exagerada, juridicamente frágil e politicamente contraproducente. A avaliação é de que a prisão, motivada por uma breve saudação de Bolsonaro a manifestantes em Copacabana, contradiz decisões anteriores do próprio Moraes que autorizavam o ex-presidente a se manifestar publicamente.
Repercussão negativa e quebra de consenso
Antes da prisão, o STF vinha sendo amplamente elogiado por sua firme resposta aos ataques do presidente norte-americano Donald Trump, especialmente no contexto do tarifaço imposto ao Brasil. A atuação de Moraes, até então vista como essencial para a defesa da democracia, contava com apoio expressivo da sociedade civil, imprensa e setores empresariais.
No entanto, a nova decisão provocou uma virada na opinião pública. Editorialistas, juristas e empresários passaram a criticar o que consideram uma reação desproporcional, que teria desviado o foco das ameaças externas e colocado o STF sob pressão interna.
Possibilidade de revisão
Apesar do desconforto, Moraes ainda conta com respaldo entre os colegas, que reconhecem seu papel na contenção de ataques às instituições. Contudo, há expectativa de que ele possa reconsiderar a prisão — embora sua postura firme e pouco inclinada a recuar diante de críticas seja vista como um obstáculo.
Caso o ministro mantenha a decisão, há possibilidade de que os demais integrantes da Primeira Turma revertam a medida, embora isso seja considerado improvável.
O episódio em Copacabana
A prisão foi motivada por uma fala de Bolsonaro transmitida por viva-voz durante manifestação no Rio de Janeiro, no domingo (3). Na ocasião, ele disse:
“Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos.”
A defesa do ex-presidente já entrou com recurso pedindo a revogação da prisão domiciliar.
📝 Fonte: Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
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Último roubo a joalheria em Livramento irá completar 10 anos: relembre o caso
Neste sábado (7), Livramento de Nossa Senhora voltou a ser palco de um assalto a joalheria — exatamente prestes a completar dez anos após o último grande roubo registrado na cidade. Em 7 de novembro de 2015, dois homens armados invadiram a Relojoaria Itainara Jóias, localizada no centro da cidade, e levaram uma grande quantidade de joias e relógios. A ação criminosa terminou com a prisão dos suspeitos e a morte de um deles nas dependências da delegacia local.
Na ocasião, os assaltantes José Nilton Correia de Sales, de Simões Filho, e Rafael Santos Machado, de Salvador, usaram uma picape roubada para fugir até Rio de Contas, onde trocaram de veículo e foram capturados por uma guarnição da 46ªCIPM em uma estrada vicinal. Com eles, foram apreendidos 62 relógios de diversas marcas e uma quantidade significativa de joias.
Quase dez anos depois, na manhã desta terça-feira, dia 5 de agosto de 2025, a história se repete. Dois homens armados invadiram uma joalheria na Avenida Presidente Vargas, por volta das 8h10 da manhã, e roubaram mais de R$ 500 mil em joias e dinheiro3. A ação foi registrada por câmeras de segurança e mobilizou a Polícia Militar, que montou um cerco na tentativa de capturar os suspeitos.
A coincidência entre os dois crimes — tanto na data quanto na ousadia — reacende o debate sobre a vulnerabilidade dos estabelecimentos comerciais.
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Telhado de escola desaba minutos após aulas e deixa comunidade em alerta em Macaúbas
Um grave incidente ocorrido no final da manhã desta terça-feira, 5 de agosto, deixou moradores da comunidade do Açude, na zona rural de Macaúbas, em estado de alerta. O telhado metálico de um prédio escolar desabou poucos minutos após o término das aulas, quando cerca de 70 alunos já haviam deixado o local. Felizmente, não houve vítimas entre os estudantes ou funcionários da instituição.
Segundo testemunhas, o desabamento aconteceu por volta do meio-dia. A estrutura, que funcionava como unidade de apoio escolar, cedeu completamente, espalhando vigas e partes metálicas por todo o ambiente. Um adulto que estava nas proximidades foi atingido, mas sofreu apenas ferimentos leves e recebeu atendimento médico.
A cena no local impressiona. O impacto arrancou pilares e parte da cobertura, levantando suspeitas sobre falhas no planejamento ou na execução da obra. Moradores relatam que o prédio já apresentava sinais de desgaste e que a tragédia poderia ter sido ainda maior se o desabamento ocorresse durante o horário de aula.
Prefeitura se pronuncia
Em nota oficial divulgada ainda na terça-feira, a Prefeitura de Macaúbas esclareceu que o prédio atingido não faz parte da nova escola em construção na comunidade, mas sim de uma estrutura antiga, utilizada como apoio. Técnicos e engenheiros da gestão municipal já iniciaram análises para identificar as causas do acidente.
“A situação está sendo devidamente apurada pelos engenheiros da Prefeitura, que realizam neste momento as análises técnicas necessárias para identificar as causas do ocorrido”, diz o comunicado. A administração também garantiu que tomará todas as medidas cabíveis com responsabilidade e transparência.
Medidas preventivas
Após o incidente, a área foi isolada e as atividades escolares foram suspensas temporariamente. A Secretaria Municipal de Educação informou que os alunos serão realocados para outro espaço até que a segurança da estrutura seja garantida. A Defesa Civil também foi acionada para avaliar os riscos e emitir laudos técnicos.
A comunidade do Açude, conhecida por sua forte ligação com a escola local, agora aguarda respostas e providências. Pais e responsáveis pedem mais atenção à infraestrutura das unidades escolares da zona rural, que muitas vezes operam com estruturas antigas e pouco manutenção.
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O milagre da uva no sertão: Como o Vale do São Francisco revolucionou a vitivinicultura brasileira
No coração do semiárido nordestino, onde o sol brilha por mais de 300 dias ao ano e a chuva é escassa, floresce uma das mais produtivas e inovadoras regiões vitivinícolas do planeta: o Vale do São Francisco. Localizado entre os estados da Bahia e Pernambuco, esse território fértil desafia as expectativas climáticas e se destaca como o único lugar do mundo onde é possível colher uvas até três vezes por ano.
Ao contrário das tradicionais regiões vinícolas, que dependem de estações bem definidas e clima temperado, o Vale do São Francisco prospera sob um sol escaldante e um céu quase sempre limpo. A chave para esse sucesso está na combinação entre o clima tropical semiárido e a irrigação controlada com as águas do Rio São Francisco — carinhosamente chamado de “Velho Chico”.
Graças à tecnologia de irrigação por gotejamento e ao manejo preciso do ciclo vegetativo das videiras, os produtores conseguem dividir as parreiras em três estágios simultâneos: colheita, poda e brotação. Essa técnica permite que a produção ocorra durante todo o ano, com safras escalonadas e uvas em diferentes fases de maturação.
A beleza da colheita se revela nos detalhes: frutas frescas, vibrantes e prontas para
conquistar paladares — direto da Arca Frutas para você.História: Da Caatinga ao Reconhecimento Internacional
A trajetória da vitivinicultura no Vale começou na década de 1960, quando foram implantadas as primeiras estações experimentais em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). O Projeto Piloto de Bebedouro e o Perímetro Irrigado de Mandacaru marcaram o início da transformação da caatinga em vinhedos produtivos.
Nos anos 1980, a comercialização de vinhos ganhou força com a produção do primeiro rótulo da região, sob a marca Boticelli. A década seguinte trouxe a vitivinicultura tecnificada, a introdução de uvas sem sementes e o investimento de grandes grupos empresariais. Packing houses, melhorias na infraestrutura e a organização dos produtores em cooperativas consolidaram o Vale como polo exportador.
A partir dos anos 2000, o setor se fortaleceu com a criação de novas vinícolas e a fundação da Escola do Vinho do Instituto Federal do Sertão Pernambucano. Em 2022, a região conquistou o selo de Indicação Geográfica (IP), tornando-se a primeira área tropical do mundo a receber esse reconhecimento para vinhos.
Variedades de Uvas: Diversidade e Qualidade
A inovação é uma marca registrada dos produtores do Vale. A cada ano, novas variedades são testadas e cultivadas, com destaque para as uvas tintas Syrah, Cabernet Sauvignon e Tempranillo, além das brancas Chenin Blanc, Moscato Canelli, Sauvignon Blanc, Silvaner e Chardonnay.
Essas uvas dão origem a vinhos jovens, frescos e aromáticos, além de espumantes naturais e moscatéis espumantes. O terroir tropical confere aos vinhos características únicas, com notas florais e frutadas intensas, que encantam consumidores e especialistas ao redor do mundo.
Linda safra de uvas no pomar, com cachos exuberantes prontos para a colheita. Foto: Meraki Fruits Vinícolas de Destaque: Tradição e Tecnologia
O Vale abriga algumas das vinícolas mais importantes do Brasil, que combinam tradição, tecnologia e compromisso com a sustentabilidade:
Vinícola Localização Destaques principais Botticelli Santa Maria da Boa Vista Produz 1,5 milhão de litros/ano; foco em vinhos jovens e sucos Bianchetti Lagoa Grande Única com produção orgânica; espumantes e vinhos secos Santa Maria / Rio Sol Lagoa Grande 120 hectares; vinhos e espumantes de alta qualidade Terra Nova (Miolo) Casa Nova 200 hectares; projeto inovador com foco em enoturismo Vinum Sancti Benedictes Petrolina Criada por sommelier; vinhos de guarda e experiências exclusivas Essas vinícolas operam com sistemas avançados de controle de irrigação, cultivo em espaldeiras e latadas, e técnicas de vinificação que respeitam os ciclos naturais da videira. A produção é feita inteiramente dentro da área delimitada pela IP, garantindo autenticidade e qualidade.
Exportação e Impacto Econômico
O Vale do São Francisco é responsável por 99% da uva de mesa exportada pelo Brasil e por 15% da produção nacional de vinhos4. Cidades como Petrolina, Lagoa Grande e Juazeiro lideram o ranking de produção, com milhares de hectares dedicados ao cultivo de uvas.
A vitivinicultura movimenta bilhões de reais por ano e emprega mais de 2.400 pessoas diretamente. Além disso, a região exporta vinhos e frutas para mercados exigentes como Estados Unidos e Europa, consolidando sua posição como referência global em viticultura tropical.
Entre folhas verdes e cachos brilhantes, o pomar de uva revela a beleza e a generosidade da terra. Foto: Reprodução. Enogastronomia e Turismo: O Sertão Que Encanta
O enoturismo no Vale do São Francisco tem ganhado força, atraindo visitantes interessados em conhecer vinhedos, participar de colheitas, degustar vinhos e explorar a rica gastronomia sertaneja. Experiências como o Vapor do Vinho, que inclui passeio de catamarã pelo Lago de Sobradinho e visita a vinícolas, são cada vez mais populares.
A harmonização dos vinhos locais com pratos típicos como carne de bode, carneiro e queijos regionais cria uma experiência sensorial única. Restaurantes como o Capivara, em Petrolina, oferecem jantares harmonizados com rótulos locais, elevando o padrão da culinária nordestina.
Pesquisa e Inovação: O Futuro da Vitivinicultura Tropical
A Embrapa Semiárido, em parceria com universidades e institutos técnicos, lidera pesquisas sobre novas variedades de uvas, técnicas de cultivo e vinificação. Projetos como o “Desenvolvimento da vitivinicultura de qualidade no Vale do Submédio São Francisco” introduziram mais de 28 novas variedades viníferas na região.
Além disso, o Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (VINHOVASF) atua na promoção dos vinhos locais em feiras internacionais, na conquista de incentivos fiscais e na ampliação das experiências de enoturismo.
Sustentabilidade e Desafios
Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios como a escassez de infraestrutura turística, a necessidade de capacitação contínua e os impactos de políticas comerciais internacionais. Recentemente, uma tarifa sobre frutas brasileiras imposta pelos EUA ameaçou reduzir em até 70% as exportações de uvas e mangas da região.
Ainda assim, os produtores mantêm o foco em práticas sustentáveis, como o uso racional da água, a produção orgânica e a valorização da cultura local. A resiliência do Vale do São Francisco é um exemplo de como a inovação pode transformar o sertão em um oásis produtivo.
✨ Conclusão: Um Vale Que Produz Mais Que Uvas
O Vale do São Francisco não é apenas uma região produtora de uvas e vinhos. É um símbolo de superação, inovação e riqueza cultural. Em meio à caatinga, brotam frutos que alimentam, encantam e conectam o Brasil ao mundo. Com três safras por ano, vinhos premiados e experiências inesquecíveis, o Vale é, sem dúvida, o milagre do vinho no sertão.