O setor do agronegócio no Brasil está em alerta diante da possibilidade de sanções por parte do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em virtude da continuidade da importação de fertilizantes provenientes da Rússia. O receio se intensificou após declarações de Trump em campanha, sinalizando uma retomada de medidas econômicas rígidas contra países que mantenham relações comerciais com Moscou.
A Rússia é um dos principais fornecedores de fertilizantes ao Brasil, especialmente potássio, essencial para a produção de grãos como soja, milho e trigo. Qualquer restrição a essa parceria comercial pode afetar diretamente a produtividade do campo brasileiro, com consequências para a segurança alimentar global e a balança comercial nacional.
Posicionamento do setor
Representantes de entidades agrícolas enviaram uma comunicação formal ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), solicitando que o governo federal tome medidas diplomáticas preventivas. O objetivo é garantir a continuidade das negociações comerciais e proteger os interesses dos produtores rurais brasileiros diante da possível mudança na política externa americana.
Cenário internacional
O tema ganha ainda mais relevância no contexto geopolítico atual, em que diversas nações adotam posturas divergentes sobre sua relação com a Rússia. Países da União Europeia, por exemplo, enfrentam pressões semelhantes, enquanto outros mantêm seus acordos comerciais independentemente das tensões internacionais.
O Itamaraty deve avaliar cuidadosamente o equilíbrio entre os compromissos internacionais e os interesses econômicos internos. Fontes próximas ao Ministério indicam que serão intensificados diálogos com autoridades norte-americanas e organismos multilaterais, a fim de mitigar riscos e preservar a estabilidade do setor agropecuário.