A cantora, atriz e empresária Preta Gil faleceu neste domingo, 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em Nova York, após dois anos de luta contra o câncer colorretal. A artista enfrentou a doença com coragem e transparência, compartilhando sua trajetória com o público e transformando dor em exemplo de resistência e afeto.
Filha de Gilberto Gil, Preta lançou seu primeiro álbum em 2003, marcando presença com uma voz autêntica e postura irreverente. Além da música, atuou em novelas, apresentou programas e fundou uma das principais agências de marketing de influência do país. Seu Bloco da Preta tornou-se símbolo do Carnaval carioca e da celebração da diversidade.
Mulher preta, bissexual e fora dos padrões estéticos convencionais, Preta Gil sempre enfrentou preconceitos com altivez. Tornou-se referência na luta contra a gordofobia, o racismo e a LGBTfobia, defendendo com paixão a liberdade de ser quem se é. Mesmo durante o tratamento, manteve uma postura firme, lidando publicamente com o fim de seu casamento e os desafios da saúde.
A notícia de sua morte gerou forte comoção no Brasil. Celebridades, fãs e instituições culturais prestaram homenagens emocionadas. Gilberto Gil, seu pai, encontra-se em Nova York acompanhando os trâmites para a repatriação do corpo, que será velado no Rio de Janeiro.
Preta deixa o filho, Francisco Gil, integrante da banda Gilsons, e a neta, Sol de Maria. Seu legado atravessa gerações e se firma não apenas na arte, mas no exemplo de vida que inspira milhares de pessoas.