O ex-presidente Jair Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada nesta segunda-feira (4). A medida foi motivada por alegações de descumprimento de medidas cautelares, especialmente relacionadas à publicação de conteúdos considerados ilegais nas redes sociais.
Violação das medidas cautelares Bolsonaro, que já estava sob restrições judiciais, teria utilizado os perfis de seus filhos — como o do senador Flávio Bolsonaro — para continuar difundindo vídeos com críticas ao STF e apoio à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro. Entre as provas reunidas, destaca-se uma ligação telefônica publicada no Instagram entre Bolsonaro e Flávio, o que foi interpretado como tentativa de contornar as proibições.
Imposição da prisão domiciliar Com a nova decisão, Bolsonaro deve cumprir as seguintes determinações:
- Permanecer em casa, sem participar de eventos públicos ou políticos
- Evitar qualquer tipo de comunicação via redes sociais ou celular
- Receber apenas visitas autorizadas previamente, como advogados
- Utilizar tornozeleira eletrônica para monitoramento constante
Desdobramentos políticos O contexto da medida envolve recentes manifestações em apoio a Bolsonaro, como o ato em Copacabana, onde o ex-presidente foi acusado de incitar comportamentos antidemocráticos. Moraes justificou a prisão domiciliar como forma de evitar a continuidade das infrações e garantir a proteção institucional da Justiça.