Um levantamento divulgado neste domingo (3) indica que 34 senadores manifestaram apoio à abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação circula em sites ligados à oposição e foi repercutida por parlamentares como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
De acordo com os dados, 19 senadores se posicionaram contra o pedido, enquanto outros 28 ainda não definiram sua posição. Para que um processo de impeachment contra um ministro do STF seja aprovado no Senado, são necessários 54 votos favoráveis, o equivalente a dois terços dos 81 senadores.
O pedido de impeachment é baseado em alegações de abuso de autoridade e decisões consideradas por críticos como excessivas no âmbito de investigações sobre atos antidemocráticos. Alexandre de Moraes tem sido figura central em processos que envolvem políticos, empresários e influenciadores acusados de promover ataques às instituições democráticas.
Recentemente, o ministro também foi alvo de sanções por parte do governo dos Estados Unidos, com base na chamada Lei Magnitsky, que prevê punições a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. A medida reacendeu debates entre parlamentares brasileiros sobre os limites da atuação do Judiciário.
Apesar do número expressivo de senadores favoráveis ao impeachment, não há previsão de que o pedido seja pautado. A decisão de dar andamento ao processo cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que até o momento não se pronunciou sobre o assunto.
O cenário permanece dividido, refletindo a polarização política no país. Enquanto aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro pressionam pela responsabilização de Moraes, outros parlamentares defendem a atuação do ministro como necessária para a preservação da ordem democrática.