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Árvore plantada no meio da via gera polêmica em Livramento de Nossa Senhora

Uma árvore plantada no meio da via, na Praça Dom Hélio Pascoal, tem gerado críticas e preocupação entre moradores e motoristas que circulam pela região central de Livramento de Nossa Senhora, Bahia. A imagem, registrada por populares, mostra a muda cercada por tijolos e sustentada por uma estrutura de madeira, posicionada diretamente sobre o leito da rua.
O plantio foi feito bem ao lado da sede da Prefeitura Municipal, localizada na mesma praça. A proximidade com o poder público levanta ainda mais questionamentos sobre a fiscalização e o planejamento urbano da cidade.
Especialistas em urbanismo e trânsito alertam que o plantio de árvores em áreas de circulação de veículos pode representar sérios riscos à segurança. Além de dificultar a visibilidade, a presença de obstáculos inesperados na pista pode causar acidentes, especialmente à noite ou em condições de baixa iluminação.
Segundo guias técnicos de arborização urbana, como os publicados pela EDP Brasil e prefeituras como São Paulo e Bebedouro, o plantio de árvores deve respeitar critérios como:
- Localização fora da área de tráfego
- Presença de área permeável para infiltração de água
- Distância segura de equipamentos urbanos e vias de circulação
A escolha inadequada do local e da espécie pode comprometer não apenas a segurança, mas também a saúde da própria árvore, que pode não se desenvolver corretamente.
Moradores da cidade questionam a decisão e cobram explicações da prefeitura.
“A intenção pode ter sido boa, mas faltou bom senso. Árvores são bem-vindas, mas não no meio da rua”, disse um motorista que trafega diariamente pelo local.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera como infração grave qualquer obstrução indevida da via pública. Além disso, o plantio em locais inadequados pode ser considerado irregular, exigindo remoção ou readequação por parte do poder público.
Casos como esse evidenciam a importância de respeitar o princípio de que o interesse coletivo deve prevalecer sobre o privado. Embora a intenção de promover arborização urbana seja válida, qualquer ação que comprometa a segurança pública, a mobilidade ou o bem-estar da população precisa ser revista. O uso do espaço público exige responsabilidade e planejamento, especialmente quando afeta diretamente o tráfego e a integridade física dos cidadãos.
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