O ex-vereador Valdinei da Silva Caires, conhecido como “Valdinei – Bô Caires”, foi condenado a 34 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Beatriz Pires da Silva, de 25 anos, grávida de seis meses. O julgamento ocorreu no dia 16 de outubro de 2025, no Fórum de Brumado, sudoeste da Bahia.
O crime aconteceu em Barra da Estiva, cidade natal do acusado, em 11 de janeiro de 2023. Beatriz desapareceu após informar que iria se encontrar com Valdinei, com quem mantinha um relacionamento e tinha um filho de dois anos. Ela foi vista pela última vez entrando em um carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, veículo ligado ao então vereador. Dias depois, manchas de sangue foram encontradas no porta-malas do carro. Apesar das buscas, o corpo de Beatriz e do bebê nunca foi localizado.
Valdinei foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia pelos crimes de feminicídio qualificado, ocultação de cadáver e motivo fútil. O juiz Josué Teles Bastos Júnior, da Vara Criminal de Barra da Estiva, aceitou a denúncia e encaminhou o réu a júri popular. Devido à grande repercussão do caso e para garantir a imparcialidade, o julgamento foi transferido para Brumado. Inicialmente, o júri estava marcado para 23 de julho de 2025, em Barra da Estiva, mas foi remarcado para outubro.
Após um julgamento que durou horas, o Tribunal do Júri decidiu pela condenação de Valdinei a 34 anos de reclusão em regime fechado. A sentença levou em conta a brutalidade do crime, a condição de vulnerabilidade da vítima e a tentativa de ocultar o corpo. Valdinei já estava preso preventivamente desde 2023 e teve seu mandato de vereador cassado por unanimidade em dezembro do mesmo ano. O caso gerou grande comoção na região e é considerado um marco na luta contra o feminicídio no interior da Bahia.
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