Capivaras surpreendem moradores em bairro de Guanambi e acendem alerta ambiental

Na noite de segunda-feira, 4 de agosto, cerca de 20 capivaras foram vistas circulando tranquilamente por um lote vago no bairro Pôr-do-Sol, em Guanambi, Bahia. Os vídeos dos animais, compartilhados por moradores nas redes sociais, rapidamente viralizaram e despertaram curiosidade — e preocupação — entre os habitantes da região.

O bairro está situado às margens do Rio Carnaíba de Dentro, um ambiente que oferece condições naturais ideais para a presença desses roedores de grande porte. A vegetação ribeirinha, a disponibilidade de água e a relativa tranquilidade do local tornam o habitat propício para o grupo de capivaras, que parece ter se estabelecido ali.

Apesar do encanto que esses animais despertam, a presença crescente de capivaras em áreas urbanas levanta questões importantes. A Prefeitura de Guanambi, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, já iniciou estudos para o manejo populacional dos animais. O objetivo é evitar riscos à saúde pública e à segurança viária.

Entre os principais pontos de atenção estão:

• Acidentes de trânsito, especialmente em horários de pouca visibilidade.
• Transmissão de doenças, como a febre maculosa, que pode ser transmitida por carrapatos presentes nas capivaras.

A caça desses animais é proibida por lei, exceto em situações específicas autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o que reforça a necessidade de soluções sustentáveis e legalmente embasadas.

Afinal, o que é uma capivara?

A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor do mundo. Originária da América do Sul, ela pode pesar até 80 kg e medir mais de um metro de comprimento. Vive em grupos e é semiaquática, o que significa que passa boa parte do tempo em ambientes próximos à água. De comportamento pacífico e sociável, a capivara é herbívora e se alimenta principalmente de gramíneas.

Apesar de sua aparência dócil, é importante lembrar que a interação humana com capivaras deve ser feita com cautela, respeitando seu espaço e as orientações dos órgãos ambientais.