Na manhã desta quinta-feira (10), o dólar comercial abriu em forte alta, ultrapassando R$ 5,62, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o país. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, surpreendeu o mercado e elevou a tensão comercial entre os dois países.
A decisão provocou uma reação imediata: investidores passaram a evitar ativos brasileiros, temendo impactos na inflação e na balança comercial. Empresas exportadoras, como a Embraer, viram suas ações despencarem mais de 9% na Bolsa de Nova York. O dólar futuro também disparou, atingindo R$ 5,63.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil aplicará a Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada em abril, para retaliar a medida unilateral dos EUA. A lei prevê que o Brasil poderá impor tarifas equivalentes sobre produtos norte-americanos.
O episódio reacende preocupações sobre uma possível guerra comercial e seus efeitos sobre o câmbio, os juros e os preços ao consumidor. Analistas alertam que uma retaliação mais agressiva pode intensificar a volatilidade nos mercados.