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O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) provocou forte reação política e jurídica ao publicar em suas redes sociais uma acusação direta contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu post, Carlos afirma que Moraes “está decidido a matar Jair Bolsonaro”, seu pai e ex-presidente da República.

A expressão usada por Carlos — “está escancarado: Alexandre de Moraes está decidido a matar Jair Bolsonaro” — não foi metafórica. O tom do texto é de denúncia extrema, sugerindo que o ministro estaria conduzindo uma perseguição judicial com o objetivo de destruir Bolsonaro física e psicologicamente. Carlos ainda chama Moraes de “coveiro da Constituição” e afirma que seu pai é vítima de uma “perseguição homeopática e calculada” desde o atentado sofrido em 2018.

A publicação foi considerada uma violação das medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro, que está proibido de usar redes sociais diretamente ou por meio de terceiros. O ministro Alexandre de Moraes citou o post como justificativa para decretar a prisão domiciliar do ex-presidente, alegando que a mensagem representa uma tentativa de manter ativa uma rede de desinformação e ataques às instituições.

Carlos reforça no texto que há “tortura para arrancar delações”, “prisões ilegais” e “mortes abafadas”, além de acusações de omissão em investigações sobre corrupção. Ele também critica a imprensa, as elites e o que chama de “doutrinação freiriana”, sugerindo que o Brasil caminha para um modelo autoritário semelhante ao da Venezuela.

Ao afirmar que Moraes está “decidido a matar” Bolsonaro, Carlos não se refere a um ato físico direto, mas constrói uma narrativa em que o sistema judicial estaria promovendo uma destruição lenta e deliberada da figura do ex-presidente. A escolha da palavra “matar” é estratégica: busca gerar comoção, reforçar a ideia de perseguição e mobilizar a base bolsonarista em torno de uma suposta ameaça existencial.

A gravidade da acusação feita por Carlos Bolsonaro marca um novo capítulo na tensão entre o núcleo bolsonarista e o Supremo Tribunal Federal. A frase “decidido a matar Jair Bolsonaro” ultrapassa os limites do discurso político tradicional e pode ter consequências jurídicas para o vereador, além de intensificar o embate institucional.