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Livramento: Quem era Francisco Aguiar Rocha, o Chiquinho do PT, figura emblemática que faleceu neste sábado

Publicado em 15/11/2025 23:47 | Categoria: Livramento de Nossa Senhora | 687

Faleceu neste sábado (15), aos 64 anos, o comerciante e militante político Francisco Aguiar Rocha, carinhosamente conhecido como Chiquinho do PT, figura emblemática do Partido dos Trabalhadores em Livramento de Nossa Senhora. Segundo informações apuradas pelo portal L12 Notícias, Chiquinho sofreu um infarto nas últimas horas e não resistiu.

Natural de Rio de Contas, cidade vizinha a Livramento de Nossa Senhora, Chiquinho construiu sua trajetória política e pessoal em solo livramentense, onde se tornou uma referência para correligionários e amigos.

Chiquinho do PT era reconhecido por sua fidelidade incondicional ao Partido dos Trabalhadores, ao qual dedicou 43 anos de sua vida. Integrava a ala mais radical do partido, sempre defendendo com firmeza suas convicções e posicionamentos, sem esperar contrapartidas. Sua trajetória foi marcada pela coerência, pela lealdade às causas que acreditava e pela presença constante nos debates políticos locais. Era também conhecido por sua camisa vermelha, que se tornou uma marca registrada de sua militância.

Embora tenha sido um abnegado afiliado ao PT, também teve seus momentos de frustração dentro da sigla. Há exatamente uma década, em meados de 2015, Chiquinho chegou a se desligar do partido, decepcionado. Em sua carta de despedida, soltou o verbo: “Acho que o PT foi, é e será nos próximos anos, um importante partido político para o bem e para o mal do Brasil. Porém, ao contrário de tempos anteriores, quando era permeável à luta de ideias, hoje é controlado pelo poder econômico, de origem capitalista, sindical ou de máquinas administrativas. O holerite está destruindo a utopia, está derrotando a esperança. Ficam cada vez mais fortes os interesses mais ou menos legítimos. Partido só utopia é religião, partido só interesse é negócio”. Apesar da crítica contundente, Chiquinho não permaneceu muito tempo fora: voltou porque amava o partido e não conseguia se afastar de sua história.

Além de comerciante, Chiquinho também se aventurou na vida pública. Chegou a disputar eleições para vereador e até para prefeito de Livramento de Nossa Senhora. Em meio à forte polarização política da cidade, obteve 208 votos, número que não lhe garantiu projeção eleitoral, mas que simbolizou sua disposição em lutar por aquilo que acreditava.

Sua partida deixa uma lacuna entre amigos, familiares e correligionários, que o lembram como um homem simples, firme em suas ideias e sempre presente nas discussões políticas locais.

O velório e sepultamento devem ocorrer em Livramento de Nossa Senhora, onde familiares, amigos e militantes prestarão suas últimas homenagens.

   

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