Correios aprovam plano de reestruturação com demissões e fechamento de agências

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos aprovou um plano de reestruturação que prevê o fechamento de até mil agências em todo o país e a implementação de um programa de demissão voluntária (PDV). A medida faz parte de uma estratégia para tentar equilibrar as contas da estatal, que acumula prejuízos bilionários nos últimos anos.

Segundo dados divulgados pela própria empresa, os Correios registraram déficit superior a R$ 4 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. O cenário de dificuldades levou a direção a adotar medidas emergenciais para garantir liquidez e reduzir custos operacionais.

• Fechamento de até 1.000 agências, especialmente em áreas urbanas onde há sobreposição de unidades.

• Programa de Demissão Voluntária (PDV), com expectativa de adesão de milhares de funcionários.

• Venda de imóveis da estatal, que deve gerar cerca de R$ 1,5 bilhão em receitas.

• Captação de empréstimo de até R$ 20 bilhões, previsto para ser concluído até o fim de novembro, garantindo fôlego financeiro até 2026.

A medida deve reduzir o quadro de pessoal e enxugar a estrutura da empresa, mas também levanta preocupações sobre o impacto no atendimento à população. Em regiões remotas, os Correios são muitas vezes o único operador logístico disponível, o que torna essencial a manutenção de serviços básicos.

O plano será implementado em três fases:

1. Recuperação financeira – corte de gastos e liquidez imediata.

2. Consolidação – modernização da rede de atendimento e logística.

3. Crescimento estratégico – busca por lucratividade a partir de 2027.

Os Correios iniciam uma das maiores reestruturações de sua história, com medidas duras que incluem demissões e fechamento de agências. O desafio será equilibrar as contas sem comprometer a qualidade e a abrangência dos serviços prestados à população brasileira.