Um flagrante inusitado marcou a rotina da segurança penitenciária na última sexta-feira (15), quando um interno foi surpreendido ao tentar ingressar no Conjunto Penal de Brumado com 18 invólucros de maconha escondidos dentro do próprio corpo. A tentativa foi frustrada graças ao uso do BodyScan, equipamento de escaneamento corporal que detectou alterações suspeitas na região abdominal do homem.
Segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), o interno havia engolido os invólucros ainda na carceragem de Guanambi, antes de ser transferido. Durante entrevista com policiais penais, ele confessou o ato e revelou que adquiriu a droga de uma mulher não identificada. A motivação, segundo o próprio detento, foi o receio de não conseguir acesso a entorpecentes na nova unidade, conhecida por sua rígida fiscalização.
Dependente químico, o homem alegou que a medida extrema foi a única alternativa que encontrou para manter o vício. Após a confissão, ele foi encaminhado ao Posto de Saúde Prisional (PSP), onde recebeu medicação para facilitar a eliminação dos invólucros de forma segura. Todo o material foi recolhido sob vigilância e, posteriormente, encaminhado à Delegacia Territorial de Brumado junto com o interno, para os procedimentos legais cabíveis.
O episódio reforça a importância da tecnologia no combate ao tráfico de drogas dentro das unidades prisionais e levanta discussões sobre o tratamento de dependência química no sistema carcerário.