Seu carrinho está vazio no momento!
Mês: julho 2025
-
Saiba como a direita domina as redes sociais no Brasil
A direita brasileira tem se destacado como a força política mais influente nas redes sociais em 2025. Levantamentos recentes mostram que políticos e influenciadores ligados à direita acumulam mais que o dobro do engajamento da esquerda, centro e centrão juntos.
Segundo dados da consultoria Bites, entre janeiro e maio de 2025, os perfis da direita alcançaram 1,48 bilhão de interações nas principais plataformas digitais (Facebook, Instagram, YouTube, TikTok e X). Em comparação, os políticos de esquerda somaram 417 milhões, enquanto centro e centrão ficaram com 171 milhões.
Além do volume total, a direita também lidera na média de interações por postagem: 12.894, contra 4.699 da esquerda e 3.900 do centro. O diretor técnico da Bites, André Eler, atribui essa vantagem à organização e à estratégia unificada da direita. “É uma bolha mais ativa e engajada, com mais gente interessada o tempo inteiro nesse conteúdo”, afirmou.
A força da direita nas redes ficou evidente durante a recente polêmica envolvendo a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes. Após um início de críticas ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, os bolsonaristas reagiram com campanhas como “Brasil acima do STF” e “Brasil com Bolsonaro”, que mudaram o tom do debate. As menções favoráveis a Trump subiram de 27% para 54%, enquanto as críticas caíram de 62% para 30%.
Enquanto isso, a esquerda enfrenta dificuldades para competir no ambiente digital. A falta de coesão entre lideranças, a baixa presença de ministros nas redes e uma linguagem institucional pouco emocional são apontadas como obstáculos.
Com estratégias bem definidas e forte presença online, a direita brasileira mantém sua liderança nas redes sociais, influenciando o debate público e mobilizando apoiadores com mais eficiência que seus adversários.
-
FlatFish: Conheça o submarino baiano que transformou inspeções petrolíferas no mundo
Engenheiros baianos desenvolveram o primeiro submarino autônomo brasileiro, o FlatFish, no centro de tecnologia avançada Senai CIMATEC. Com inovação genuína, eles projetaram um veículo capaz de operar a até 3 mil metros de profundidade, sem cabos e com total independência. O submarino realiza inspeções detalhadas em estruturas submarinas, com imagens em alta resolução e mapeamento 3D, acelerando operações e reduzindo riscos.
Tecnologia baiana rompe barreiras e mergulha em reconhecimento internacional
Desde o início do projeto, em 2014, os especialistas enfrentaram desafios diversos — como treinamento de equipes e testes rigorosos em mar baiano. Em parceria com a Shell Brasil e o Instituto Alemão DFKI, eles concluíram o desenvolvimento do FlatFish com excelência. Consequentemente, a empresa italiana Saipem licenciou a tecnologia em 2018 e iniciou sua industrialização.
Além disso, o FlatFish impulsionou o surgimento de um polo de inovação em Salvador, estimulando a criação do Centro de Competência em Robótica e Sistemas Autônomos. Por meio desse avanço, jovens engenheiros se capacitaram e a economia local ganhou força. Portanto, o projeto representa um salto tecnológico e social para a região.
Atualmente, o FlatFish opera em diferentes partes do mundo, inclusive no Oriente Médio e no Atlântico Norte. Com possibilidade de recarga em garagens submarinas e autonomia de até seis meses, ele revoluciona o setor offshore. Apesar dos obstáculos, a equipe baiana demonstrou que o Brasil pode liderar em tecnologia subaquática.
Ao longo da trajetória, o FlatFish superou barreiras geográficas, técnicas e mercadológicas. Assim, a Bahia inscreveu seu nome na vanguarda da engenharia mundial. Por isso, o submarino não é apenas um produto tecnológico — é um marco de orgulho regional que inspira futuras gerações.
-
Relembre os quatro casos que abalaram Jussiape e marcaram sua história policial
Apesar de seu cenário pacato e acolhedor, a cidade de Jussiape, situada na Chapada Diamantina (BA), já foi palco de tragédias que abalaram profundamente sua população. Três casos, em especial, permanecem vivos na memória coletiva por sua gravidade, complexidade e impacto social.
O assassinato do prefeito Procópio Alencar (2012)
Em 24 de novembro de 2012, a rotina da cidade foi interrompida por um crime brutal: o prefeito reeleito Procópio Alencar, sua esposa Jandira, e o gerente da Embasa, Oderlange Novaes, foram assassinados por um comerciante local conhecido como Claudionor “Cocó” Galvão de Oliveira.
O ataque ocorreu no consultório do prefeito, e o autor dos disparos foi morto em confronto com a polícia horas depois. O triplo homicídio ganhou repercussão nacional e revelou a tensão existente em disputas políticas locais. O velório contou com a presença do então governador Jaques Wagner, e até hoje o caso é lembrado como o episódio mais sangrento da história da cidade.
Menor é suspeita de matar a mãe e atacar o pai e a madrasta (2016)
Em agosto de 2016, uma adolescente de 14 anos chocou a região ao ser suspeita de cometer uma série de ataques violentos. Segundo investigações, a jovem ateou fogo no pai e na madrasta enquanto eles dormiam, provocando ferimentos graves.
Após o ataque, fugiu para uma área de mata no povoado de Paixão, onde teria encontrado a mãe biológica, Adriana Santos Almeida. O reencontro terminou em tragédia: em meio a uma luta corporal, a mãe foi morta a pedradas pela filha.
A adolescente foi localizada e apreendida pela polícia. O caso levantou discussões sobre violência familiar, saúde mental e acompanhamento psicológico de menores em áreas de vulnerabilidade.
Adolescente de 14 anos ateou fogo no pai; móvel foi atingido pelo fogo (Foto: Polícia Militar/Divulgação) Tentativa de ataque em escola estadual (2023)
Mais recentemente, em abril de 2023, a segurança escolar tornou-se pauta urgente em Jussiape após um estudante ser apreendido nas imediações do Colégio Estadual Horácio de Matos. Ele carregava um canivete automático e havia publicado mensagens de ódio contra colegas.
O jovem foi interceptado antes de entrar na reunião de pais e professores, evitando o pior. O episódio relembrou um caso anterior, de 2015, quando outro aluno invadiu o mesmo colégio com um facão e feriu o porteiro.
Ex-vereador é preso por estupro, roubo e falsidade ideológica em São Paulo (2017)
O ex-vereador de Jussiape Adson Muniz Santos, eleito em 2012 pelo PRB, foi preso em outubro de 2017 na capital paulista, acusado de uma série de crimes contra mulheres. Segundo as investigações da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), ele se passava por policial federal e produtor de TV para abordar vítimas em bairros nobres como os Jardins.
Adson utilizava crachás falsos, uma carteira da Justiça Federal e até uma arma de brinquedo para intimidar mulheres. Em uma das abordagens, ele interceptou uma motorista em frente a um supermercado, mostrou um distintivo falso e a obrigou a parar. Com o cartão da vítima, fez um saque de R$ 1 mil e, em seguida, a estuprou. Em outro caso, prometeu levar uma mulher para testes na TV Globo, usando um crachá falso de diretor de produção, e a levou a um hotel onde cometeu o abuso.
A polícia acredita que ele agia desde 2012, abordando mulheres em aeroportos, clubes, bancos e supermercados, sempre buscando vítimas com perfil social elevado. Após sua prisão, 21 mulheres o reconheceram como autor dos crimes. A delegada Cristine Nascimento Guedes Costa o classificou como um “predador sexual”, destacando o padrão manipulador e violento de suas ações.
Em 2019, Adson foi condenado pela Justiça de São Paulo a 59 anos e oito meses de prisão, em regime fechado. A sentença incluiu nove condenações por estupro, além de roubo, extorsão, sequestro, importunação sexual, ameaça e falsidade ideológica. Ele negou os crimes, alegando que os atos sexuais foram consentidos, mas as provas e os depoimentos das vítimas sustentaram a condenação.
Além de sua atuação como vereador, Adson tentou se eleger deputado federal em 2014, sem sucesso, e chegou a ocupar o cargo de presidente do PRB em Jussiape. O caso gerou indignação na cidade e levantou discussões sobre a responsabilidade ética de representantes públicos e a importância da proteção às vítimas de violência sexual.
Esses acontecimentos expõem os desafios enfrentados por escolas na prevenção à violência e evidenciam a necessidade de políticas públicas voltadas para acolhimento emocional e ações de segurança.
🌧️ Uma cidade que busca se curar
Os três casos citados marcaram não apenas os boletins policiais, mas a identidade de Jussiape. Eles mostram como o interior também enfrenta dilemas complexos envolvendo política, família, educação e saúde mental. Para além da dor, fica a esperança de que o diálogo entre instituições e comunidade possa transformar essa história — não com medo, mas com prevenção e empatia.
-
Criança de 8 anos morre em acidente com rede de descanso em Jequié
Uma criança de oito anos morreu de forma acidental após se enforcar em uma rede de descanso dentro de casa, na cidade de Jequié, sudoeste da Bahia. O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (23), no bairro Cidade Nova.
A vítima foi identificada como Bárbara Elen Silva dos Santos. De acordo com informações da Polícia Civil, não há indícios de crime. A suspeita é de que a criança tenha se enrolado inadvertidamente na rede enquanto descansava.
A ocorrência foi registrada pela 1ª Delegacia Territorial de Jequié, que já expediu as guias de perícia e necropsia para apuração detalhada das circunstâncias do acidente. A polícia trata o caso como morte acidental.
O caso gerou comoção entre moradores da comunidade, que prestaram solidariedade à família da menina.
-
Forças de Segurança desencadeiam mega ação em Porto Seguro
Na manhã desta sexta-feira (25), uma operação conjunta envolvendo a Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria da Segurança Pública da Bahia foi realizada no distrito de Caraíva, em Porto Seguro. Denominada Operação Vértice Zero, a ação teve como foco o combate a atividades criminosas em áreas de difícil acesso, incluindo regiões indígenas.
Durante a operação, foram apreendidos cinco fuzis, quatro pistolas, um revólver e um rifle, além de 930 munições de calibre 5,56 mm, 47 de calibre 7,62 mm e outras de calibres diversos. As forças de segurança também recuperaram duas motocicletas roubadas, cumpriram dois mandados de prisão e efetuaram a prisão de cinco pessoas. Houve também o registro de cinco óbitos durante confrontos com suspeitos.
Além das armas e veículos, foram confiscadas substâncias entorpecentes, incluindo 3,5 kg de cocaína, 1,5 kg de ecstasy, 16,7 kg de maconha e 77 g de crack.
Segundo as autoridades, os envolvidos estariam relacionados a crimes como tráfico de drogas, homicídios e ocupações ilegais em território indígena. A operação contou com o apoio de aeronaves, drones e agentes especializados em incursões em áreas rurais.
A ação segue em andamento para aprofundamento das investigações e novas diligências.
-
Fraqueza do Governo Lula fica escancarada após tarifaço de Trump
O governo Lula mostra sinais claros de desgaste. A reprovação cresce, a base política se desmancha, e a imagem internacional do Brasil está em queda livre.
A crise se agravou com o tarifaço imposto por Donald Trump, que aplicou sanções econômicas ao Brasil e ao ministro Alexandre de Moraes. A resposta do governo foi fraca, ideológica e sem ação concreta. Lula parece mais preocupado em agradar aliados de esquerda do que em defender os interesses do povo brasileiro.
Na diplomacia, o presidente coleciona vexames. Ignorado por líderes mundiais, prefere visitar condenados por corrupção e atacar os Estados Unidos em discursos vazios. Enquanto isso, o agro, a indústria e o comércio sofrem com a instabilidade.
No Congresso, a situação também é crítica. Mesmo liberando bilhões em emendas, Lula não consegue aprovar medidas importantes. A articulação política é fraca, e o governo parece cada vez mais isolado.
Análise: O Brasil precisa de liderança firme, que defenda a soberania nacional e os valores que sustentam nossa identidade: Deus, Pátria, Família e Liberdade. O atual governo, perdido em ideologia e sem força para enfrentar os desafios reais, mostra que não está à altura do que o povo espera.
-
Após mais de 40 dias de festa, Livramento de Nossa Senhora entra em estado de emergência por conta da estiagem
O município de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia, vive um momento de forte contraste. Após realizar uma das maiores festas juninas do estado — com mais de 40 dias de programação e 25 atrações musicais — a cidade enfrenta agora os impactos da estiagem severa, que levou à decretação de estado de emergência.
Embora a prefeitura tenha declarado um investimento de R$ 3,7 milhões nos festejos, análises de documentos oficiais indicam que os gastos totais podem ter ultrapassado R$ 6 milhões, considerando estrutura, logística, publicidade e cachês artísticos.
A seca afeta diretamente comunidades como Iguatemi, São Timóteo e Itanagé, onde o abastecimento de água potável depende de carros-pipa. O Decreto Municipal nº 052/2025, publicado em janeiro, reconheceu oficialmente a situação de emergência, classificada como desastre de Nível II, com danos materiais, ambientais e sociais significativos. A medida foi homologada pelo Governo da Bahia e reconhecida pelo Governo Federal, permitindo o acesso a recursos para ações de defesa civil.
A gestão municipal defende que os festejos são parte da tradição cultural e movimentam a economia local. No entanto, o contraste entre os gastos com entretenimento e a crise hídrica levanta questionamentos sobre a priorização de recursos públicos e a necessidade de planejamento sustentável.
Livramento agora busca apoio dos governos estadual e federal para mitigar os efeitos da seca e garantir o abastecimento das comunidades afetadas. O desafio é transformar a celebração em um instrumento de desenvolvimento duradouro, sem deixar de lado as necessidades básicas da população.
-
Suspeita é detida com R$ 1 mil em cédulas falsas após sair dos Correios em Guanambi
Polícia Civil prende mulher com cédulas falsas em Guanambi
Uma mulher foi presa em flagrante na tarde de quinta-feira (24), em Guanambi, no sudoeste da Bahia, por suspeita de envolvimento na circulação de cédulas falsas. A ação foi conduzida por equipes do CATTI Semiárido e da Delegacia Territorial de Guanambi, vinculadas à Polícia Civil.
De acordo com informações da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), a suspeita foi abordada logo após deixar uma agência dos Correios da cidade. Durante a revista, os policiais encontraram R$ 1.000 em notas falsas, distribuídas em duas cédulas de R$ 100, três de R$ 200 e quatro de R$ 50.
Investigada pode responder por crime contra a fé pública
A mulher foi conduzida à Delegacia Territorial de Guanambi, onde foram adotadas as medidas legais. O caso foi comunicado à Justiça Federal, instância responsável por julgar crimes contra a fé pública, como a falsificação de moeda. A investigada poderá responder com base no artigo 289 do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de três a doze anos de reclusão, além de multa.
-
Passageiros se filmam durante naufrágio em alto-mar na Bahia
Na tarde de terça-feira, 22 de julho, passageiros de um catamarã viveram momentos de tensão após a embarcação em que estavam naufragar em alto-mar durante o trajeto entre Salvador e Morro de São Paulo, na Bahia. De acordo com relatos de testemunhas, o naufrágio foi causado por uma colisão com uma embarcação de pesca, o que partiu o catamarã ao meio.
A passageira Paula Galvão relatou que, apesar do trauma, tudo ocorreu de forma rápida e os coletes salva-vidas foram imediatamente distribuídos pela tripulação. Paula destacou que ela e Caio Vieira conseguiram manter a calma, mesmo diante do pânico generalizado. “O cara já pegou o colete salva-vidas pra gente. Eu e o Caio ficamos calmos o tempo todo, mas todo mundo estava gritando o tempo todo”, relatou.
Segundo Paula, a correnteza dificultou o retorno à área do acidente, levando o bote de resgate a uma região mais profunda. “A gente viu o catamarã aos poucos afundando. A gente tentava voltar e não conseguia”, descreveu.
Resgate mobiliza helicópteros e bombeiros
Caio Vieira contou que o resgate aconteceu cerca de 40 minutos após o acidente. Helicópteros, bombeiros e equipes de salvamento de Salvador foram acionados para prestar socorro. Durante esse tempo, uma das passageiras passou mal e precisou de cuidados médicos.
A passageira Thaynara Núbia agradeceu nas redes sociais a Paula Galvão e Caio Vieira pelo apoio emocional durante o naufrágio. “Foi um prazer conhecer vocês, obrigada por me tranquilizarem o tempo todo”, escreveu.
A Marinha do Brasil informou que a empresa responsável pela embarcação está regularizada e que uma investigação será conduzida para apurar as causas do acidente. Até o momento, não houve registro de feridos graves.
-
Facções criminosas em Salvador: como elas operam, onde dominam e o que está sendo feito
Salvador, a capital baiana conhecida por sua cultura vibrante e praias paradisíacas, também enfrenta uma realidade dura: a presença de facções criminosas que dominam bairros inteiros e travam guerras sangrentas pelo controle do tráfico de drogas e armas. Em 2025, essa disputa se intensificou, com tiroteios quase diários, operações policiais de grande porte e uma população cada vez mais refém da violência.
Como surgiram as facções em Salvador
A história das facções em Salvador começa nos anos 1990, com grupos como a Caveira e o Comando da Paz (CP). A Caveira, criada dentro do sistema prisional, chegou a dominar quase toda a cidade em 2010, quando Salvador registrou mais de 4.800 homicídios.
Após a prisão de seu líder, Genilson Lima da Silva, o “Perna”, em 2012, a Caveira perdeu força. Em 2015, ela tentou se reinventar criando o Bonde do Maluco (BDM), mas o plano saiu do controle. O BDM se tornou independente, liderado por Zé de Lessa, e rapidamente se aliou ao Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e ao Terceiro Comando Puro (TCP), do Rio.
Bairros dominados pelas facções
Cada região de Salvador tem a presença de uma facção dominante. Veja os principais grupos e seus territórios:
Facção Bairros dominados BDM Sussuarana, Nordeste de Amaralina, Sete de Abril, Lobato, Tancredo Neves, Fazenda Grande I, Jardim Nova Esperança Comando Vermelho (CV) Liberdade, Engomadeira, Alto das Pombas, Calabar, Mussurunga, Vila Verde Katiara Valéria, Águas Claras, Lobato, Nazaré, Santo Antônio de Jesus, Maragogipe PCC Brotas, Portelinha, Cajazeiras XI, São Marcos, Pau da Lima3 Além disso, bairros como Tancredo Neves, Engenho Velho da Federação, Narandiba e Lobato são considerados “bocas quentes”, com alto índice de violência e presença de facções rivais.
Guerras entre facções: tiroteios e mortes
A guerra entre o BDM e o CV é a mais intensa. Em abril de 2025, Salvador registrou 155 tiroteios, com 131 mortos e 24 feridos, sendo o mês mais violento do ano. Os confrontos ocorrem em bairros como:
- Engenho Velho da Federação
- Tancredo Neves
- Sete de Abril
- Lobato
A ruptura da aliança entre PCC e CV reacendeu os conflitos. A facção Tropa do A, antes ligada ao CV, foi absorvida pelo PCC, que passou a dominar bairros como Sussuarana Velha e Cajazeiras XI3.
Operações policiais em 2025
As forças de segurança intensificaram as ações em 2025:
- 1.500 prisões em flagrante só em janeiro
- 25 líderes de facções capturados
- Mais de 4 mil armas apreendidas
- 10,5 toneladas de drogas retiradas das ruas
- 700 mil pés de maconha erradicados
Operações como Circuito Fechado e Dominus Areae miraram líderes do CV e BDM em bairros como Nordeste de Amaralina, Lobato e Portão. Em algumas ações, criminosos tentaram fazer reféns, mas foram neutralizados10.
Impacto na população
A violência afeta diretamente os moradores:
- Escolas fecham por dias
- Ônibus mudam de rota
- Famílias abandonam suas casas
- Crianças e adolescentes são baleados
O número de adolescentes baleados por ações policiais aumentou 367% em 2025. Foram 14 casos só no primeiro semestre. Além disso, 57 pessoas morreram em chacinas policiais, um aumento de 235% em relação a 202412.
Facções menores e alianças
Além dos grandes grupos, há facções menores que também atuam:
- Bonde do Ajeita: aliado do CV desde 2021
- Tropa do A (Ordem e Progresso): extinta após absorção pelo PCC
- MPA (Mercado do Povo Atitude): atua no sul da Bahia, com pouca visibilidade
Dados alarmantes
- Salvador teve 839 tiroteios entre janeiro e junho de 2025
- 611 só na capital, com 485 mortos
- Bairros mais afetados: Narandiba, Tancredo Neves, Lobato, Engenho Velho da Federação
- Bahia tem 5 cidades entre as 10 mais violentas do Brasil: Jequié, Juazeiro, Camaçari, Simões Filho e Feira de Santana
O que pode mudar?
Especialistas apontam que só a repressão não resolve. É preciso:
- Investir em educação e esporte nas periferias
- Criar oportunidades de emprego e renda
- Urbanizar áreas dominadas
- Oferecer apoio psicológico para jovens em risco
Enquanto isso, a guerra continua. E quem mais sofre são os moradores, que vivem entre o medo e a esperança de dias melhores.